Espaço invisivel.
Sobre o que faltou dizer... por que pra mim as coisas são tão cíclicas
e tão o mesmo padrão que geralmente só eu que fico com minhas palavras. O caminho muda, o resultado...o mesmo.
Sobre comer mais do que podia, clicar onde não devia, não
dizer o que queria.
Sumir, pois já sabia como seria.
Estava
vendo um filme, sobre desencontros, sobre não estar na hora certa. Tenho uma
caixa de desencontros, e nos dias de hoje, não acredito muito mais em encontros.
Estou acreditando em falhas de destino.
Meu receio é mesmo sem querer, me contentar com metades.
Tem coisas que se tornam banais quando vc já viveu um pouquinho.
De tudo isso, percebi que sou
invisível. E aprendi a sumir quando eu sei o que vai ser. Estou achando todo
mundo tão alienado, que as vezes só eu me vejo olhando a cor do céu de manha ,
e sua facilidade em nunca repetir uma cor e uma composição.
Só eu me vejo calculando a
distancia de uma estrela da outra e o formato da lua. Só eu me vejo sentindo o
cheiro do caminho onde eu ando. Só eu me vejo reparando no semblante de cada
pessoa que passa por mim.
Só eu me vejo escutando o barulho de um carinho.
O
silencio de uma madrugada.
A textura de um pensamento.
E isso me faz invisível, estar no
lugar errado me faz invisível.
As vezes a gente chega em um ponto
que lembranças bacanas se tornam fardos. E eu só penso nesses fardos depois que
subi a ladeira, por que ter fantasmas saindo do ombro e pulando na sua frente,
faz a subida ser mais pesada do que realmente é. Mais pesada do que deveria
ser.
O que mais tem tomado meus
domingos, é pensar sobre o vão que ficou, do que deveria ser, do que realmente
é, ou do que poderia ser.
Sobre o fato de tudo ser facilmente adiado.
Sobre o
fato das pessoas não conseguirem mais valorizar e nem tomar atitudes, porque
todo mundo se esqueceu que por mais igual, sempre tem uma diferença.
Sobre arestas que ficam sobre sorrisos.
Sobre agirem pensando no que estou
pensando...mas pera, alguém me perguntou? Não sou fácil de adivinhar assim. E
muito menos de fazer suposições. Tenho tantos pensamentos conversando comigo
que seria incapaz supor até mesmo meu humor.
Gosto do inesperado.
Gosto daquele
um segundo que muda uma situação.
Gosto de sentir, de ter, de decidir, de ir.
Gosto de ir.
Gosto mais de caminhos sem volta.
Voltar pegando pedaços rasgados
já foi dolorido de mais.
Mas ultimamente, estou indo e já tenho que pensar em
voltar. Por que dessas historias eu já li... e não há surpresas. Só coisas
bizarras de mais, que se eu contar, ninguém acredita.
Ninguém acredita, e as vezes, nem
eu mesmo.
Nem mesmo acredito nas coisas que
ainda podem ser. Quer seja, seria, será, serão.
O pior de tudo é que eu sei, mas ainda espero. Não devia, mas espero... de um jeito totalmente contraditório. Esperar para dizer não que sim, mas dizer NÃO.
Crooks - tired eyes ( olhos cansados) I waited, just in case you walked by,
I could have caught your eye,
That evening.
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