Estava resolvendo umas pendências que me
atrasaram um pouco. Pendências, das quais me ensinaram que não vou mais reviver
os mesmos erros.
Começou depois de uma semana difícil. Antigos conflitos e mesmos
enredos, mesmos finais. E tudo o que aconteceu veio em boa hora. Até mesmo a
espera me fez bem...sério mesmo.
Mas tudo já estava virando passado, mesmo
sendo presente. Eu tenho sonhos ainda, não posso parar de sonhar, não por
agora.
Quantos mais anos se tem, mais bagagens a
gente carrega. Talvez mais compactas, mas são bagagens.
Tenho historias pra contar, assim como gostaria de ouvir umas
novas também.
Não que minha vida te foi assim tão interessante, tão assim
novidade,
tão assim – preferência –
Mas de certa forma poderia ter sido. Poderia não ser tão
dia-a-dia. Poderia compartilhar, e por motivos a mais que só a comodidade.
As coisas ficam soltas porque ninguém é (ou deveria ser) obrigado. As
coisas funcionam porque alguém acha que: ou vale a pena ou porque alguém as prefere
assim.
Se não fica sem graça.
Se qualquer motivo é motivo pra não, qualquer motivo poderia ser
pra sim também.
Porque eu faço trocas que me convém. Sejam elas lucrativas ou
sejam elas etapas que sei que são necessárias para algo maior vir.
É como cuidar todos os dias de um animal de estimação.
Faz: ou porque quer ou porque precisa. Se não fica assim, tão sem sabor.
Não posso mais estar no meio do caminho. Ser um plano de fuga, ou
lugar comum.
Não posso estar em flores em um dia e no outro ser um ponto cego.
Eu já estive no meio termo e já sei como é.
Não preciso dessa vivencia. Preciso de um novo aprendizado
Mas calma, não é que eu quero que alguém me conserte. Só quero a
gentileza enquanto eu mesma faço isso. E nesse meio tempo, eu não preciso de esperar
incertezas. Só preciso da espera do próprio tempo.
Preciso da espera de
curiosidade.
Ou simplesmente de atenção aos detalhes
Ou ainda, que me diga apenas o possível. É, o possível. É
simples.
Ninguém é digno de exigir, mas ao mesmo tempo que ninguém é digno
de esperar mentiras virarem verdades.
O que me formou são os dias que tive que levantar a cabeça e
continuar.
Foram minhas desistências pra poder tomar outro rumo.
São os cheiros
de lembranças.
Os quases, os poréns.
Meus caminhos a pé.
Historias. Minha dor
nas costas. Minha música favorita.
Fotografias. Abraços. Cafés. Noites
acordada.
Tempero na comida.
Risada. Viagens. Cores. Linhas na pele.
Segunda
pele.
E mais algumas coisas...que...que faltaram perguntar.
Essa é minha bagagem.
Não tem como carregar metade ou selecionar o que levar.
E por fim, vai ser sempre assim: